Populares em meio à campanha eleitoral, os windbanners, ou bandeirolas, estão espalhados às centenas em ruas e avenidas de Porto Alegre e outras cidades. As peças de propaganda exibem fotografias dos candidatos e são peças relativamente fáceis de serem instaladas, pois são móveis e permitem a visualização do material mesmo de uma distância maior. No entanto, no momento em que as peças de tecido são retiradas, à noite, restam apenas as bases, invisíveis com frequência na paisagem, oferecendo risco de quedas à população desavisada.
Na rótula da avenida Loureiro da Silva com a Edvaldo Pereira Paiva, junto a Usina do Gasômetro, dezenas deles podem ser vistos durante o dia, pontilhando a área das praças. Na manhã desta segunda-feira, alguns deles, caídos, eram reerguidos por um homem, identificado como funcionário de uma empresa de windbanners que fornece material para alguns candidatos. Segundo ele, há diversos tipos de bases instaladas, como de concreto ou plásticas, geralmente reforçadas com areia, para evitar que voem.
Durante o dia, ele circula por 12 horas pelo local, ajeitando as propagandas caídas nas calçadas. “No último vento forte que deu aqui, não ficou nenhuma de pé”, afirmou o funcionário. Ainda que possam gerar poluição visual, estes materiais não são considerados resíduos, conforme explicou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), e por isso não são recolhidos pelo órgão.
Ali próximo, outros pontos onde é possível visualizar estas bandeiras em meio aos pedestres nas calçadas são a Rótula das Cuias e o cruzamento da rótula da Ipiranga com a Silva Só. A fiscalização da utilização dos windbanners no Estado é de competência do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS). Questionado, o MP não se manifestou sobre o assunto até o momento.