Após o impacto provocado pela pandemia da Covid-19, os resultados da economia brasileira em 2022 surpreendem positivamente, com o Produto Interno Bruto (PIB) do País subindo 1,2% no segundo trimestre do ano, na comparação com o primeiro. O desempenho faz o otimismo do industrial crescer, conforme apontado pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
O indicador atingiu 62,9 pontos em setembro, muito acima do patamar neutro de 50 pontos. É um crescimento de 3,3 ante agosto, a maior alta desde abril de 2021 e que praticamente se iguala ao ICEI nacional, de 62,8 pontos, divulgado este mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Além disso, o estudo da FIERGS, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do IBGE, mostra o mercado de trabalho também já superando os níveis anteriores ao da pandemia. Em julho de 2022, a taxa de desemprego, de 9,1%, recuou ao menor patamar desde o final de 2015, e o número de ocupados é recorde na série histórica, com os dados recentes mostrando maior geração de empregos formais. Em relação ao período que antecedeu a pandemia, são mais 3,2 milhões de vagas, 2,6 milhões delas formais.
Outro dado positivo para a economia brasileira é o das contas públicas, que fecharam 2021 em superávit, após sete anos consecutivos de déficit primário. Isso se deve, em parte, ao controle de gastos com Pessoal, reduzidos nos últimos três anos pelo Governo Federal: -0,6% (-R$ 2,2 bilhões) em 2020, -5,4% (-R$ 20,5 bilhões) em 2021, e -11,8% (-R$ 25,2 bilhões) até julho de 2022, de acordo com o Banco Central.