Cerca de 150 chefes de Estado e de Governo se reúnem a partir desta terça-feira (20) para o início dos debates da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorre em Nova York, nos Estados Unidos.
Esta será a primeira vez que os participantes se reunião pessoalmente desde o início da pandemia de Covid-19. Na última sexta-feira (16), os Estados-membros da ONU autorizaram excepcionalmente o presidente ucraniano Volodmir Zelenski a falar por mensagem de vídeo na Assembleia Geral.
Dos 193 países membros, 101 votaram a favor da medida, que cria uma exceção à regra do discurso presencial e permite que Zelenski “entregue uma declaração pré-gravada”. Sete países membros votaram contra, incluindo a Rússia, e 19 se abstiveram, entre eles o Brasil.
A guerra entre Rússia e Ucrânia deve ser um dos pontos principais de discussão da Assembleia, assim como questões ligadas ao aquecimento global. Na semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que os líderes mundiais ajam contra o aumento da temperatura do planeta para não “afogar” o mundo.
Outro ponto importante da Assembleia deve girar em torno da retomada do Irã no acordo nuclear de 2015 com potências mundiais. Na última segunda-feira (19), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano Nasser Kanaani disse que o país não descarta a possibilidade de uma reunião à margem do encontro sobre o assunto.
O presidente Jair Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral nesta terça-feira. O Brasil é, por tradição diplomática, o país que faz o primeiro discurso da reunião.