Começa nesta terça-feira (20) a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que vai definir a nota taxa de juros, a taxa Selic no Brasil. Junto com a definição dos juros nos Estados Unidos, o movimento impactou o desempenho do mercado financeiro mundial no começo desta semana. O dólar teve a maior queda diária desde o fim de julho, enquanto a bolsa de valores subiu mais de 2% e atingiu o maior nível em uma semana.
O dólar comercial, por exemplo, encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 5,16, com recuo de 1,79%, a maior baixa registrada desde 27 de julho, quando a cotação tinha caído 1,91%, em termos percentuais. A moeda norte-americana está no menor nível desde o último dia 12, quando tinha fechado em R$ 5,09 e acumula queda de 0,71% em setembro e de 7,37% em 2022.
Já o mercado acionário também teve um dia movimentado, só que de elevação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.824 pontos, com alta de 2,33%, tendo iniciado o dia em baixa. O resultado foi o oposto de mercados como o norte-americano, onde as bolsas fecharam em pequena alta após oscilarem bastante ao longo do dia, com as expectativas sobre os juros na maior economia do planeta.
Por lá, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) divulgará na quarta-feira, 21, a nova taxa básica de juros nos Estados Unidos. A maioria dos investidores espera alta de 0,75 ponto percentual, mas parte do mercado passou a apostar em aumento de 1 ponto por causa da persistência da inflação norte-americana e do bom desempenho no mercado de trabalho.
Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. No entanto, os juros altos por aqui ajudam a segurar a cotação do dólar. Também na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidirá se mantém a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano ou se a elevará para 14%.