A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, na tarde desta segunda-feira, que já apreendeu quase 50 toneladas de agrotóxicos importados ilegalmente, desde janeiro, no Rio Grande do Sul. No mesmo período, em 2021, a PRF havia confiscado cerca de 4,5 toneladas de produtos contrabandeado, a maioria vindos do Uruguai e da Argentina.
De acordo com Fabiano Goia, especialista da PRF em fiscalização de produtos de risco, o contrabando de agrotóxicos gera risco e prejuízo para a população e para o país. O policial lembra que, além de configurar uma ameaça à saúde de quem lida com esse tipo de carga – em inclusive dos fiscais -, o meio ambiente pode ser severamente afetado em caso de acidente e contaminação.
“A utilização de agrotóxicos ilegais gera enorme insegurança na cadeia alimentar, uma vez que a procedência indevida não permite afirmar que o princípio ativo discriminado nas embalagens é o que realmente compõe o produto”, ressalta Goia. “Nesse cenário, ainda, temos o risco ao próprio agricultor exposto a produto que, dependendo da composição pode dar causa ao desenvolvimento de doenças graves ao longo do tempo, dado o grau de intensidade tóxica da substância”.
O oficial alerta ainda para os riscos oferecidos por esses produtos no desenvolvimento do câncer. “Enfrentar o contrabando desses produtos é muito mais do que ações de segurança publica: é questão de saúde pública”, enfatiza o policial.