A confiança do segmento de serviços apresentou um recuo de 0,2 ponto no mês de agosto, chegando a 100,7 após cinco meses de altas. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), apresentou médias móveis trimestrais, com avanço de 0,8 ponto e mantendo a tendência de alta. A sondagem coletou informações de 1.548 empresas entre os dias 1º e 26 deste mês.
“Depois de cinco altas consecutivas, a confiança de serviços acomodou em agosto. Nesse mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo pois existem perspectivas otimistas em relação a demanda nos próximos meses, principalmente no que diz respeito a serviços prestados às famílias. Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, em comentário no relatório.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 0,7 ponto, para 100,1 ponto, mas se mantém no nível neutro (100,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) variou 0,4 ponto, para 101,3 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (103,6 pontos).
Apesar da estabilidade em agosto, a confiança de serviços vinha apresentando resultados favoráveis desde março. Essa trajetória positiva da confiança tem sido disseminada em alguns segmentos, principalmente nos serviços prestados às famílias, que continuaram subindo em agosto.
A diferença nesse mês é que o resultado do segmento que vinha sendo influenciado pela melhora do ISA-S (alta de 10,9 pontos no ano) agora passou a ser puxado pelas expectativas.
“A desaceleração da inflação e o aumento dos recursos das famílias com aumento dos programas do governo podem estar influenciando essa melhora nas expectativas d do segmento”, completa Tobler.