Posse da diretoria marca retomada das atividades do Conselho da Comunidade de Porto Alegre

Com ações suspensas desde 2019, órgão pretende retomar atuação no sistema prisional

Diretoria tomou posse, nesta segunda-feira, do Conselho da Comunidade de Porto Alegre. (Foto: Marcel Horowitz)

O Palácio da Justiça, na região do Centro Histórico, sediou a cerimônia de posse da diretoria do Conselho da Comunidade de Porto Alegre (CCPOA), realizada no fim da tarde desta segunda-feira. O evento marca o retorno das atividades do órgão, suspensas em 2019.

Composto por representantes de associações, integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e membros da sociedade civil, o Conselho da Comunidade da capital visa, através de ações envolvendo detentos e agentes penitenciários, propor melhorias para o sistema prisional. Os membros da entidade são responsáveis pela elaboração de visitas a estabelecimentos penais, apresentação de relatórios e obtenção de recursos materiais e humanos a essas instituições.

“O Conselho é um órgão que, ao mesmo tempo em que fiscaliza as casas prisionais e o cumprimento de penas, também exerce uma função social que busca sanar as dificuldades destas instituições, como, por exemplo, a obtenção de materiais de higiene”, declarou a presidente do Conselho, Nilsa Terezinha Capiem de Figueiredo, à Rádio Guaíba. “Vamos visitar as casas penais e descobrir o que as pessoas que estão cumprindo pena necessitam” completou a mandatária, que assume a liderança do órgão até 2024.

Presidente do Conselho, Nilsa Terezinha Capiem de Figueiredo. Foto: Marcel Horowitz

Projeto Universal nos Presídios 

Charles Almeida de Aguiar, responsável por comandar os trabalhos da Igreja Universal do Reino de Deus nas penitenciárias gaúchas, esteve presente na solenidade. Líder de um grupo de voluntários que atua em cerca de 75% das 152 cadeias gaúchas, o coordenador organiza, através da iniciativa ‘Universal nos Presídios” (UNP), cursos técnicos aos detentos, acolhimento das famílias dos apenados e ações de apoio aos servidores do sistema prisional.

Charles Almeida de Aguiar, coordenador da UNP, e a esposa. Foto: Marcel Horowitz

“O Conselho fortalece o trabalho da UNP junto ao sistema penitenciário, tanto na parte de ressocialização dos apenados, quanto ao acompanhamento das famílias desses presos e agentes penitenciários”, relatou Charles. “Nosso trabalho engloba tanto a parte espiritual como a ressocialização, que embute cursos de qualificação aos apenados, que muitas vezes, pela falta de instruções e a pouca escolaridade, encontram dificuldades para conseguir trabalho após o cumprimento das penas”, enfatizou o coordenador da UNP.