O coração de Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil, chegara ao país, nesta segunda-feira, com honras de chefe de Estado. Emprestado temporariamente por Portugal, como parte das celebrações do bicentenário de independência de sua ex-colônia, o órgão ficará exposto ao público no Itamaraty até o dia 8 de setembro, quando retorna à terras lusitanas.
De acordo com a programação, o coração será transportado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que deve pousar amanhã, às 9h30, na Base Aérea de Brasília. Uma vez em solo brasileiro, a relíquia será levada ao Itamaraty e permanecerá guardada até terça-feira, quando irá para o Palácio do Planalto.
No itinerário de terça, o órgão será escoltado, a cavalo, por integrantes dos Dragões da Independência e, após passar em revista à tropa, subirá a rampa do Planalto. Após a execução do Hino Nacional e Hino da Independência, melodias compostas por Dom Pedro I, a peça será levada a um cerimonia oficial com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a solenidade com Bolsonaro, o coração não ficará visível para o público. Carregado em um recipiente, protegido de cerca de 9 quilos, o órgão, então, receberá a saudação do chefe da República.
Após o término da ocasião, o artefato retornará ao Itamaraty, onde será o objeto central de uma exposição aberta a estudantes, em dias de semana, e ao pública em geral, aos sábados e domingos.
História
Atualmente submerso em um líquido semelhante a formol, o coração foi exposto a pedida, em vida, do próprio Imperador. Antes de morrer, em 24 de setembro de 1834, Dom Pedro I que o órgão fosse enviado à cidade do Porto, em Portugal, como forma de agradecer ao apoio popular do local, que o permitiu derrotar seu irmão Dom Miguel, em uma disputa pela liderança do reino.
Na cidade portuguesa, o órgão é mantido na Igreja da Irmandade da Lapa. É para este local que o coração deverá voltar após a temporada no Brail