A Justiça de Planalto, no Noroeste gaúcho, definiu, nesta quinta-feira, a nova data para o júri de Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho Rafael Mateus Winques, de 11 anos, em 2020. O julgamento começa em 24 de abril de 2023, às 9h, na Casa de Eventos NIX, no município. A ré vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
A primeira tentativa de realizar o julgamento ocorreu em 21 de março deste ano. O júri acabou sendo cancelado, 11 minutos após o início da sessão, quando a defesa de Alexandra abandonou o local. Os advogados tiveram negado um pedido de perícia de voz em um áudio extraído do celular do pai do menino, o agricultor Rodrigo Winques. A juíza Marilene Parizotto Campagna, vetou a inclusão de mais esse laudo no processo.
A magistrada também manteve a prisão preventiva da ré. “A materialidade e os indícios de autoria estão evidenciados nos autos, conforme destacados na decisão de pronúncia. Além disso, permanecem íntegros os fundamentos e requisitos da prisão preventiva expostos nas decisões anteriores”, afirmou a juíza na decisão.
O sorteio dos jurados ocorre em 29 de março de 2023, às 16h30min, no Foro de Planalto. Na ocasião, além dos 25 titulares, serão sorteados 30 suplentes.
Caso
Rafael Winques, de 11 anos, teve o corpo encontrado dentro de uma caixa de papelão no terreno de uma casa vizinha à que residia, em maio de 2020. A própria Alexandra levou a polícia ao local.
Conforme a denúncia do Ministério Público, ela matou o filho por se sentir incomodada com as negativas dele em acatar ordens e diminuir o uso do celular e os jogos online. Ainda de acordo com a acusação, Alexandra deu ao menino comprimidos de Diazepam e, por volta das 2h, estrangulou Rafael com uma corda.