A receita bruta de revenda do comércio do Rio Grande do Sul apresentou queda em comparação aos seus pares na região Sul. Conforme dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada hoje, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado viu cair de 35,7% para 31,9% a sua participação na receita bruta de revenda na região, superada pelo Paraná (também queda de 38,6% para 37,8%), mas acima de Santa Catarina (alta de 25,7% para 30,2%).
Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o Sudeste representou menos de 50% da receita bruta de revenda do país. Em 2020, essa região respondeu por 49,4% dessa receita, 50,7% do pessoal ocupado e 47,7% das unidades locais das empresas comerciais.
Desde 2011, ela foi a região com maior perda de participação em cada um desses componentes, com destaque para a redução de 3,5 pontos percentuais em sua proporção na receita. Essa queda foi acompanhada por um aumento de participação do Centro-Oeste (9,2% para 11,0%) e Sul (de 19,4% para 20,9%).
No caso da mão de obra, com a redução da concentração no Sudeste, a participação de todas as outras regiões cresceram: Sul (0,7 pontos percentuais), Centro-Oeste (0,4 pontos percentuais), Norte (0,2 pontos percentuais) e Nordeste (0,2 pontos percentuais).
Embora o Nordeste reunisse 17,0% da mão de obra no comércio do país, a participação dessa região foi de apenas 12,7% no total de salários, retiradas e outras remunerações. Essa foi também a região que pagou a menor remuneração média mensal (1,4 salário mínimo), enquanto o Sudeste pagou a maior (2,0 salários mínimos). Nas últimas 10 edições da PAC, as duas regiões mantiveram essa situação.