O ginecologista Olinto Paz da Costa, de 69 anos, réu por violação sexual de 34 mulheres, é considerado foragido. A nova condição do acusado ocorre após a Polícia Civil divulgar que não conseguiu encontrar o médico, nesta terça-feira, para efetuar a prisão preventiva decretada um dia antes pelo juiz Eduardo Giovelli, da 2ª Vara Criminal do Foro de Ijuí, no Noroeste gaúcho.
A decisão do magistrado resultou de novas denúncias apontando que Costa seguiu praticando abusos sexuais depois de já ter se tornado réu, sob a mesma acusação, em maio deste ano. Na peça que pede a prisão preventiva, o Ministério Público acusa um familiar do réu de coagir vítimas a assinarem termos de declaração afirmando que nunca foram abusadas pelo médico.
Em nota, a defesa do ginecologista afirmou estar ‘tomada de surpresa’ com o decreto da prisão. O comunicado ainda alega que a medida é ‘desnecessária’, que o réu está viajando e que vai se apresentar espontaneamente à autoridade judicial.
Acusado de abusos por mais de 30 pacientes
No total, Olinto Paz da Costa é acusado de violar sexualmente 34 pacientes por mais de uma década. Por conta de o MP ter apresentado denúncias em períodos distintos, o médico vai responder por dois processos criminais em separado.
No primeiro, referente a crimes praticados entre 2011 e 2021, 12 mulheres se declararam vítimas do profissional. Conforme a denúncia, aceita em maio pela 2ª Vara Criminal do Foro de Ijuí, o réu abusou sexualmente das pacientes durante procedimentos ginecológicos alegando ser especialista em sexologia. Durante os atos, segundo o processo, ele fazia uso de termos técnicos para enganar as vítimas. Na acusação mais recente, outras 22 mulheres dizem ter sido vítimas do ginecologista.
