A informação não poderia ser mais positiva para os consumidores. A partir desta terça-feira, 16, passa a vigorar o novo preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras, com uma queda de 4,85%. A redução, anunciada nessa segunda-feira, 15, foi feita no dia em que a cotação do petróleo tipo Brent – usado no Brasil – para outubro caiu 3,10%, para US$ 95,105. Desde fevereiro deste ano, a cotação não era atingida no mercado internacional.
Segundo maior consumidor mundial, a China teve forte influência no resultado da commoditie. A desaceleração dos dados econômicos derrubou a previsão de demanda pelo combustível. Além disso, um possível acordo nuclear com o Irã pode trazer o país de volta ao mercado, adicionando mais oferta do produto em um momento em que a demanda esfria.
A redução anunciada pela Petrobras fará com que o preço do litro passe de R$ 3,71 para R$ 3,53, uma redução de R$ 0,18 por litro. A estatal havia reduzido o preço da gasolina em julho, quando era entregue às distribuidoras por R$ 3,71. No ano, entretanto, o combustível ainda acumula alta de 14,24%.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa de R$ 2,70, em média, para R$ 2,57 a cada litro vendido na bomba, ou R$ 0,13 a menos.
Conforme o presidente da Associação Brasileira dos Importadores dos Combustíveis (Abicom), Sérgio Araujo, é importante que a estatal também mantenha uma frequência de possíveis reajustes no mercado internacional. Nos cálculos da entidade, antes do corte anunciado, a gasolina vendida pela estatal está em média 10% acima do preço de paridade internacional (PPI), o que indicava potencial para uma redução de R$ 0,33 por litro.