O presidente norte-americano Joe Biden confirmou, nesta terça-feira, a assinatura do protocolo que ratifica o apoio dos Estados Unidos à entrada de Finlândia e Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O ato ocorre após a solicitação de ambos os países nórdicos, em maio, e encerra décadas de neutralidade política de ambas as nações em relação à Rússia.
No Twitter, Biden escreveu que os países ‘tornarão a OTAN mais forte’. Os Estados Unidos são o 23º país membro do grupo a aprovar a adesão de Suécia e Finlândia, restando em aberto o aval de Grécia, Hungria, Portugal, República Checa, Eslováquia, Espanha e Turquia.
A mobilização para integrar os países ao órgão ocorre como resposta à invasão da Ucrânia pelo exército russo. Porém, de acordo com as regras da Otan, a posição contrária de apenas uma das nações participantes pode vetar a adesão de um novo membro. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, insinuou, no inicio do ano, ser contrário à inclusão dos estados ao acusar a Suécia e a Finlândia de abrigarem organizações curdas -grupo étnico separatista que rejeita a nacionalidade turca.
Em junho, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a possível entrada da Suécia e da Finlândia na Otan não o incomoda. Contudo, o líder soviético afirmou que se as nações implantarem contingentes e infraestruturas militares, a Rússia vai responder às ameaças “simetricamente”.
Finland and Sweden will make NATO stronger.
Today, I signed the U.S. Instruments of Ratification, making the United States the 23rd Ally to approve their membership in NATO.
— President Biden (@POTUS) August 9, 2022
O que é a Otan
Fundada em 1949, com a união dos Estados Unidos e países ocidentais da Europa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nasceu com o intuito de combater a expansão do política e territorial da União Soviética (URSS).
O pacto original da instituição, que prevê retaliações a qualquer ataque soviético contra os países-membros, permanece sob vigência mesmo após o fim da Guerra Fria e da URSS.