O Ministério Público Eleitoral (MPE) representou contra uma pré-candidata a deputada estadual por divulgação de fake news no WhatsApp. Sonia Cassol (PL) enviou em um grupo com mais de 200 contatos uma imagem adulterada de um boletim de urna, alegando que houve fraude contra o presidente Jair Bolsonaro em 2018, atualmente companheiro de partido da pré-candidata.
A representação, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) em Mato Grosso, chegou nesta terça ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Prints de mensagens encaminhadas por Sonia nas redes sociais foram anexados na denúncia. A montagem divulgada alega que foram registrados 9909 votos em Fernando Haddad (PT) e zero em Jair Bolsonaro em uma seção com 777 eleitores, na eleição passada.
“Assim, diante da disseminação de fatos claramente inverídicos, que atingem a confiabilidade e lisura do processo eleitoral, é necessário o ajuizamento da presente representação”, ressaltou o procurador regional Eleitoral em Mato Grosso, Erich Masson.
Uma resolução de 2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece a proibição de divulgação de “fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados” que atinjam a integridade do processo eleitoral.
O MPE pede que a pré-candidata seja advertida, que desminta a notícia falsa em todos os grupos de WhatsApp que enviou mensagem e que “passe a verificar a veracidade de toda e qualquer notícia recebida antes de sua disseminação”.
Procurada pelo portal R7, Sonia Cassol disse não ter pesquisado antes de enviar a denúncia e admitiu que não agiu com atenção antes de replicar o material.