As buscas pela advogada Alessandra Dellatorre completaram dez dias, nesta terça-feira, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, sem indícios concretos sobre o paradeiro dela. A mulher, de 29 anos, é considerada desaparecida desde 16 de julho, quando saiu para caminhar, conforme imagens de câmeras de segurança da avenida Unisinos.
No dia 20, o Corpo de Bombeiros Militar suspendeu as operações de busca em uma área de mata densa da Reserva Florestal Padre Balduíno Rambo, conhecida como ‘matão’. Conforme o relato de uma testemunha e imagens de outras câmeras de monitoramento, Alessandra adentrou em uma trilha da mata antes de desaparecer. Já a Polícia Civil, ao lado de voluntários e familiares, segue procurando a advogada na mesma região.
O delegado responsável pelas investigações, André Serrão, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo, relatou à Rádio Guaíba que uma das principais dificuldades da Polícia vem sendo filtrar a grande quantidade de denúncias falsas sobre o caso. A possibilidade de que as buscas se estendam a Araranguá (SC), por exemplo, já é considerada remota, diferente do que a própria delegacia havia aventado no início da tarde. De acordo com Ferrão, as investigações descartaram a veracidade da denúncia.
O delegado também corroborou que a chance de crime violento é considerada baixa. A principal hipótese, no momento, é a de que Alessandra tenha sofrido uma espécie de ‘surto psicótico’ que a levou a vagar desnorteada e sem rumo.
Em mensagens nas redes sociais, familiares dizem manter a esperança de encontrar a advogada com vida. Informações que possam contribuir para a resolução do caso devem ser repassadas à Polícia Civil através do telefone 0800-642-0121.