A confiança caiu em 18 dos 29 segmentos industriais em julho, na comparação com o mês anterior. Os dados são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quarta-feira, 20. Foram entrevistadas 2.225 empresas, sendo 870 de pequeno porte, 815 de médio porte e 540 de grande porte, entre 1º e 11 de julho.
As quedas mais expressivas ocorreram em Biocombustível (de 57,9 para 52,8 pontos); Produtos Farmoquímicos e farmacêuticos (de 58,9 para 54,8 pontos) e Serviços especializados para construção (de 59,6 para 55,8 pontos).
A economista Larissa Nocko, da CNI, diz que apesar da queda, todos os setores industriais estão confiantes, com expectativas positivas para os próximos seis meses, tanto para a economia quanto para o desempenho de suas empresas.
Os maiores avanços da confiança entre junho e julho, ocorreram nos setores de: Obras de infraestrutura, que subiu de 53,3 para 55,6 pontos; Bebidas registrou 57,9 pontos ante 55,9; e Couro e artefatos de couro, com aumento de 52,8 para 54,3 pontos. Os setores sem variação da confiança foram: Produtos de madeira e Produtos diversos.
A confiança do setor industrial avançou apenas na região Nordeste, com alta de 1,1 ponto, e registrou recuo nas outras quatro regiões brasileiras. A maior queda da confiança ocorreu nas regiões Centro-Oeste (-1,4 ponto) e Sudeste (-1,3 ponto). No Norte, a queda da confiança do setor de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros foi determinante para um recuo de 0,9 entre junho e julho. No Sul, o Icei caiu 0,6 ponto.
O Icei recuou em todos os portes de empresa do setor industrial, com maior magnitude nas pequenas empresas (-1,3 ponto). As médias e grandes empresas registraram um recuo da confiança mais moderado (-0,5 e -0,4 ponto, respectivamente).