Anestesista preso por estupro é hostilizado por detentos ao dar entrada em Bangu 8

Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Giovanni e determinou a transferência dele para o presídio

Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente durante o parto cesariana, deu entrada em Bangu 8, zona Oeste do Rio, sendo hostilizado pelos demais detentos, nessa terça-feira.

A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Giovanni e determinou a transferência dele para o presídio durante a audiência de custódia. O anestesista, também suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), responde a um processo na entidade que pode levar à cassação do registro.

De acordo com informações da Record TV Rio, ao menos seis casos suspeitos envolvendo o médico anestesista são apurados pela polícia. A delegada responsável pela investigação, Bárbara Lomba, já tomou o depoimento de três possíveis vítimas.

A delegada ainda pretende ouvir a grávida abusada sexualmente durante o parto no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no último dia 10. Enfermeiras esconderam um celular que flagrou o crime, em vídeo. Outras duas mulheres, que passaram por cirurgias no mesmo dia, também são aguardadas na delegacia.

Há ainda a suspeita de que outras pacientes tenham sido vítimas de abuso no Hospital de Mesquita, na mesma região. Elas também devem ser chamadas a depor. Para a delegada, tudo indica que Giovanni vinha usando alta dosagem de sedação com intuito de violentar as gestantes.

Segundo Bárbara Lomba, o celular que gravou o flagrante do médico anestesista colocando o pênis no rosto da paciente dopada durante o parte no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, vai ser encaminhado para perícia no Instituto Carlos Éboli.

Os peritos também vão analisar a gaze usada por Giovanni para limpar o próprio corpo e o rosto da vítima durante o abuso. Recolhido da lixeira pela equipe e entregue aos policiais, o material pode conter o material genético do anestesista.

O portal R7 ainda não localizou a defesa de Giovanni Quintella Bezerra, após o advogado Hugo Novais deixar o caso.