UPAs atendem com emergências superlotadas, pela terceira semana seguida, em Porto Alegre

Espera por atendimento pode chegar a quatro anos e meio

Centro de referência no combate ao coronavírus em Porto Alegre, Hospital de Clínicas é um dos que oferece leitos de UTI na cidade | Foto: Clóvis S. Prates/Hospital de Clínicas
Foto: Clóvis S. Prates/Hospital de Clínicas

As unidades de pronto-atendimento (UPAs) permanecem lotadas em Porto Alegre. Conforme o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o cenário de elevação nos atendimentos se mantém pela terceira semana seguida. As quatro unidades monitoradas pela Prefeitura atendem, em média, com 164,58% de ocupação. Há uma semana, o índice era de 172%; e há 17 dias – primeira semana de junho -, de 155%.

Ainda segundo a Pasta, o pronto-atendimento da Cruzeiro, na zona Sul, registra a pior situação. Com 12 leitos disponíveis, o local atende 48 pacientes – o que corresponde a 400% de ocupação, além de um tempo de espera estimado para o atendimento de três horas e meia.

Na sequência, segundo o painel da SMS, vem o pronto-atendimento da Bom Jesus. Com panorama similar, a unidade trabalha com 385% de lotação. Já os outros dois locais monitorados pela prefeitura, pronto-atendimento da Lomba do Pinheiro e UPA Moacyr Scliar, atingem taxas de 111% e 252% de ocupação, respectivamente. Contudo, o tempo de espera por atendimento na UPA Moacyr Scliar é, em média, de quatro horas e meia.

Já entre as sete emergências para adultos dos hospitais monitorados pela SMS, a ocupação média é de 140,71%. Os piores cenários são registrados na Santa Casa, com 270% de lotação, e no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com 185%.

Sobre o tempo de espera por atendimento nas casas de saúde, apenas a situação no Hospital Vila Nova é informada pelo painel da SMS. Conforme o monitoramento, o tempo de espera por atendimento pode chegar a até 30 minutos.