O ex-diretor da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Marcelo Gazen, segue preso em razão do inquérito que apura supostas irregularidades em contratos da estatal. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Civil no último dia 14, e teve detenção convertida de temporária para preventiva pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS).
A mudança tem relação com os prazos legais, uma vez que as prisões temporárias expiram após cinco dias. Ou seja: se não houvesse reavaliação do caso, o investigado seria solto no sábado. O outro alvo da força-tarefa, Cléber Domingues, que atuou como supervisor da EGR, saiu da prisão na última sexta. A investigação está sob segredo de Justiça.
Polícia Civil, Ministério Público e Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE) apuram indícios das práticas de formação de cartel, superfaturamento e sobrepreço nas licitações da empresa. Todas as 12 praças de pedágio administradas pela estatal à época das fraudes teriam sido envolvidas no esquema, que beneficiava as administradoras.
Seis contratos de manutenção de praças foram prorrogados, em 2021, contrariando apontamentos expressos de órgãos competentes de controle. Desde 2019, as empresas em questão – que foram selecionadas por meio de licitação, aberta um ano antes do início do contrato – receberam cerca de R$ 89 milhões da EGR.