Valores das bandeiras da conta de luz sobem até 63,7%

Segundo a Aneel, vermelha patamar 1 sofre a maior alta, passando a R$ 6,50 a cada 100 kWh

Foto: Ricardo Giusti / CP

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, reajustes de até 63,7% nos valores das bandeiras tarifárias de energia para o período de julho de 2022 a junho de 2023. A bandeira das contas de luz em julho vai anunciada, na sexta-feira, já com os novos valores.

A bandeira verde, assim como em anos anteriores, não gera custo extra para o consumidor, sinalizando condições favoráveis de geração de energia. Já a bandeira amarela passa de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês, um aumento de 59,3%.

A bandeira tarifária vermelha patamar 1 aumenta de R$ 3,971 para R$ 6,50 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. No caso da bandeira vermelha patamar 2, o valor aprovado pela Aneel sobe de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh, um reajuste de 3,2%.

Até a criação do sistema de bandeiras, em 2015, as empresas eram obrigadas a carregar os custos extras, que só eram repassados às contas de luz no reajuste tarifário anual.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas em todo o país.

Bandeiras tarifárias – julho de 2022 a junho de 2023
• Bandeira Verde
Condições favoráveis de geração
Sem custo adicional

• Bandeira Amarela
Condições menos favoráveis
R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos

• Bandeira Vermelha 1
Condições desfavoráveis
R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos

• Bandeira Vermelha 2
Condições muito desfavoráveis
R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos