Líder do governo: renúncia de presidente não reduz pressão sobre Petrobras

Deputado federal Ricardo Barros (PP) disse que estatal precisa participar das ações para conter a alta dos combustíveis

Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) afirmou hoje que o pedido de demissão de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras não reduz a pressão do Congresso sobre a estatal. A empresa anunciou na manhã desta segunda-feira a saída de Coelho, após críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de diversos parlamentares.

“A Petrobras precisa participar. Ela é do povo brasileiro, não pode fazer de conta que não está vendo o problema”, afirmou Barros ao portal R7. O líder ressaltou que o problema do preço dos combustíveis está posto e que é preciso encontrar uma solução para reduzir os valores.

“É disso que se trata o problema. Não é a Petrobras. O problema é o preço dos combustíveis. A Petrobras entrou na linha de tiro porque publicou um balanço com um lucro totalmente incompatível com o momento em que estamos vivendo. Ela subindo preços e com lucro estratosférico. Então, foi uma coincidência lamentável que aconteceu. Agora, na reunião de líderes, vamos tomar uma decisão de quais medidas podem ser tomadas para mitigar isso”, disse.

Lira vai se reunir com os líderes de bancadas da base na noite desta segunda-feira, na residência oficial da Presidência da Câmara. Na mesa de discussões, duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) em análise no Congresso.

Uma delas, já aprovada no Senado, garante benefícios tributários a biocombustíveis, para garantir competitividade ao etanol frente à gasolina após a aprovação de projeto que fixa um limite do ICMS sobre combustíveis. A outra, chamada de PEC dos Combustíveis, ainda está em análise no Senado. Ela dispõe sobre um auxílio financeiro do governo federal para os estados que reduzirem a zero a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações que envolvam diesel, gás natural e gás de cozinha.