O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil pode ter a primeira confirmação de caso de varíola do macaco. Queiroga comentou sobre um episódio suspeito de um homem em São Paulo, hospitalizado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “Esse parece que pode ser o primeiro a ser confirmado”, comentou, nesta quarta-feira.
Trata-se do oitavo caso suspeito no Brasil. O paciente, de 41 anos, viajou recentemente para dois países do topo da lista de diagnósticos confirmados da doença: Portugal e Espanha. Ele está internado e as amostras seguem em análise pelo Instituto Adolfo Lutz e pelo Laboratório Central em Saúde Pública de São Paulo.
“Mas, independente da confirmação, a conduta é a mesma. Requer monitoramento. Existem cerca de mil casos no mundo. Aqui no Brasil, são oito suspeitos. Esse parece que pode ser o primeiro a ser confirmado. Amanhã, o secretário [de Saúde do Estado de São Paulo] estará no Rio de Janeiro, onde vai fazer uma reunião com os laboratórios para fazer uma estratégia de testagem”, disse Queiroga.
Segundo ele, na próxima sexta-feira deve ser distribuído para os laboratórios um documento de controle. “É um exame semelhante ao RT-PCR. Naturalmente, precisa de um controle para se certificar se aquele caso efetivamente se trata de monkeypox [varíola do macaco] ou não”, comentou. O ministro ainda disse que todas essas situações vêm sendo conduzidas “com rigor técnico”.
Mais cedo, o Ministério da Saúde confirmou que:
De um total de nove casos suspeitos, o Ceará teve um caso descartado.
Oito suspeitas seguem em investigação – cinco envolvendo homens e três, mulheres. Há dois casos sob monitoramento em hospitais, conforme a Sala de Situação da doença.
Duas suspeitas foram notificadas em Santa Catarina, nos municípios de Blumenau e Dionísio Cerqueira.
Outros dos pacientes seguem sob acompanhamento em Rio Crespo (Rondônia).
Há, ainda, o caso suspeito de São Paulo (capital); um em Maranacaú (CE); um em Porto Alegre (RS); e um em Corumbá (MS). Segundo Patrícia, o caso suspeito em Corumbá “é de um boliviano, que encontra-se internado e está sendo acompanhado no Brasil”.
Dos casos suspeitos, só três tiveram histórico de viagem para fora do Brasil. Pacientes vieram de Portugal/Espanha, Argentina e Bolívia.