Dirigentes de entidades representativas dos hospitais (Fehosul e Federação das Santas do Rio Grande do Sul) decidiram acolher o pedido do governador Ranolfo Vieira Junior de manter atendimentos eletivos até que seja solucionado o impasse que envolve a nova tabela de remunerações do plano IPE Saúde. O reajuste dos valores pagos pelo uso de medicamentos desagradou as casas de saúde que, em protesto, chegaram a anunciar a suspensão do atendimento eletivo (sem urgência) aos segurados do IPE. Em reunião de cerca de duas horas na manhã desta sexta-feira, no Palácio Piratini, Ranolfo prometeu buscar, em 30 dias, uma forma de quitar o passivo acumulado há três meses.
“Também vamos verificar quais são os outros ajustes necessários no IPE. O mais importante é garantirmos o atendimento dos 992 mil beneficiários deste plano e sua sustentabilidade. Temos um compromisso do governo do Estado sobre isso e tivemos a compreensão por parte dos hospitais”, afirmou o governador.
Estudos técnicos serão elaborados entre o governo do Estado e as instituições de saúde. A revisão na remuneração de diárias e na taxa de logística está entre as possibilidades que serão debatidas pelo grupo de trabalho. Na próxima semana, as negociações terão início, agora sob a liderança direta do chefe da Casa Civil, Arthur Lemos.
O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), Cláudio José Allgayer, afirmou que o assunto está sendo tratado “com muita propriedade”. “Nós vamos trabalhar nos próximos 30 dias para que o governo identifique as fontes de custeio e que possa diminuir o passivo, e o segundo ponto é encontrar formas, através da taxa de logística e das diárias, para que se possa manter a sustentabilidade econômico-financeira dos hospitais e do próprio plano do IPE Saúde”, disse.