Escolhida pelo MDB e pelo Cidadania como candidata à Presidência da República para as eleições deste ano, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta quarta-feira (25) não ter dúvidas de que contará também com o apoio do PSDB na disputa. Após a saída do ex-governador de São Paulo João Doria da corrida, o espaço foi aberto para apoio a Tebet, como quer a cúpula tucana, mas ainda há parte da sigla que defende uma candidatura própria.
“Não temos a unanimidade do partido, mas teremos a unanimidade nas convenções. Isso que é importante, significa unidade. Mas, antes disso, não tenho dúvidas que na semana que vem nós estaremos com aquele que sempre foi nosso aliado de primeira hora, os homens e mulheres de bem do PSDB”, disse.
A senadora ressaltou que esta construção está sendo muito bem feita entre os presidentes nacional do MDB, Baleia Rossi, e do PSDB, Bruno Araújo. “É importante lembrar que o PSDB nasceu do coração e da alma do MDB. Temos o mesmo ideal e a responsabilidade com esse Brasil, que não aguenta mais essa polarização ideológica que está levando o Brasil para um abismo”, afirmou.
Após o anúncio de Doria, Bruno Araújo defendeu uma candidatura única dos tucanos com MDB e Cidadania, citando o nome de Tebet para encabeçar a chamada ‘terceria via’. Na ocasião, ele também descartou a possibilidade de que o PSDB tenha uma candidatura própria e frisou que já ficou claro que o partido não chegará a lugar algum se caminhar sozinho.
O cenário de São Paulo foi decisivo para a saída de Doria de cena. O PSDB quer o apoio da Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), para que o governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), tenha sucesso nas eleições. A negociação entre os dois partidos girava em torno deste apoio em troca de Tebet na cabeça de chapa ao Palácio. O governo de SP é de grande importância aos tucanos, que comandam o Palácio dos Bandeirantes desde 1994.
Nesta quarta-feira, Tebet afirmou que neste momento o Brasil “clama pelo centro democrático”. “A este clamor, o MDB grita ‘presente’, tendo ao lado do Cidadania e, em breve, não tenho dúvidas de que (teremos também) o PSDB. A esse clamou, eu também respondo sim, eu estou presente. Porque é um clamor da urgência de um país que é celeiro do mundo, mas não tem a capacidade de alimentar os seus filhos”, disse.
A senadora afirmou que com o apoio dos outros dois partidos chegará ao segundo turno. “E indo para o segundo turno, o centro democrático ganhará essas eleições”, ressaltou.