País unido não se faz com discurso oportunista e ataques, diz Pacheco

Presidente do Senado rebateu críticas ao Congresso e reclamou, sem citar nomes, de falas que criminalizam a política

Foto: Fabio Pozzobom /Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu críticas ao Congresso Nacional e afirmou que um país unido não se faz a partir de “discursos oportunistas”. Ele reclamou também de ataques “gratuitos” em período eleitoral e de falas que criminalizam a política.

“Ainda mais quando essas críticas recaem sobre um Congresso que entregou e continua entregando reformas que estavam engavetadas há anos beneficiando, principalmente, municípios e estados no momento de crise aguda”, escreveu o senador em post nas redes sociais.

Pacheco não citou diretamente nomes e não disse a quem as críticas e reclamações são destinadas. No entanto, o senador tem se posicionado a favor do Judiciário e criticado os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo e ao processo eleitoral brasileiro.

Na sexta-feira, Bolsonaro criticou o presidente do Senado em entrevista. Ele disse que apoiou Pacheco, mas que o parlamentar é parcial em relação ao conflito entre os poderes.

Defesa do Judiciário

Na semana passada, Pacheco afirmou que é preciso defender a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira durante discurso na abertura do Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador (BA).

Segundo Pacheco, é preciso haver o fortalecimento das instituições. “É difícil pensar que, em pleno ano de 2022, com todos os problemas que temos no país, ainda precisamos ter a energia necessária para defender a democracia, que já está assimilada na sociedade e que, na verdade, deveria ser uma defesa de todos, sem exceção.”

Para Pacheco, “é inimaginável pensar que a esta altura estejamos a defender o Poder Judiciário de ataques sem fundamento e razoabilidade”, que classificou como atentados à sociedade.

“Esse ambiente em que estamos hoje de certa instabilidade, de ataques antidemocráticos, de arroubos que parecem populares para determinado grupo, mas, na verdade, são atentados muito nocivos à sociedade brasileira, nós temos obrigação da união, do respeito, da responsabilidade de cada um de nós”, disse o senador.