O Ministério da Economia anunciou, nesta sexta-feira, um contingenciamento adicional de R$ 8,2 bilhões no Orçamento para cumprir o teto de gastos. O novo bloqueio se soma ao contingenciamento de R$ 1,7 bilhão do primeiro semestre.
A pasta também reduziu a previsão de déficit primário, de R$ 66,9 bilhões para R$ 65,5 bilhões. Houve ganho na arrecadação de R$ 49,1 bilhões. A receita ainda não leva em conta a estimativa de R$ 25,4 bilhões com a privatização da Eletrobras.
Os números foram anunciados hoje no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do Segundo Bimestre de 2022. O relatório também mostra crescimento de R$ 4,8 bilhões em despesas para o pagamento de sentenças judiciais, além do aumento de R$ 1,2 bilhão com gastos com a reabertura do Plano Safra 21/22 e de R$ 2 bilhões com o impacto de eventos climáticos adversos do Proagro.
As despesas, contudo, ainda não incluem os eventuais reajustes salariais ao funcionalismo público, que teve R$ 1,7 bilhão previstos no orçamento deste ano. O valor, contudo, deve ser bem maior – de R$ 6,3 bilhões – se o governo confirmar reposição linear de 5% para todos os servidores.