Um dia após a executiva estadual do PDT anunciar Vieira a Cunha como pré-candidato ao Piratini, o ex-deputado reuniu-se, no início da noite desta quinta-feira, com o presidente da OAB-RS, Leonardo Lamachia. Ambos conversaram sobre a ação movida pela Ordem contra a dívida do Estado com a União. Vieira pediu a inclusão do PDT na ação. O tema entrou no centro das discussões da sucessão ao Piratini. Outros pré-candidatos também se posicionaram favoravelmente à iniciativa.
Vieira disse hoje acreditar que a renegociação da dívida, em especial, por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ganhe destaque na disputa eleitoral. Sobre o tópico, Vieira da Cunha defende o fim do que chamou de “vassalagem” na relação entre o Estado e a União. O termo se refere à forma de acordo, na Idade Média, entre entes com diferentes poderes. “Foi um crime o governo ter desistido da ação”, afirmou, em relação ao questionamento jurídico sobre a dívida. O recuo do Executivo ocorreu para viabilizar as negociações de adesão ao RRF.
Vieira recordou que quando assumiu a presidência da CEEE entrou com uma ação contra a União, contestando juros, que resultou, anos depois em um repasse de R$ 4 bilhões ao Estado, o que ocorreu no governo de Tarso Genro. “Contestamos e colhemos os frutos após”, ressaltou.
Além da questão fiscal, o pedetista avaliou que a educação precisa receber atenção na discussão eleitoral, uma vez que houve queda recente na qualidade do ensino, uma bandeira tradicional do PDT.