Após dois dias de julgamento, o principal acusado pela morte do policial civil Rodrigo Wilsen da Silveira, em 2017, em Gravataí, foi condenado a 80 anos e cinco meses de prisão no início da madrugada desta quinta-feira (19). A pedido do Ministério Público em Gravataí, Maicon de Mello Rosa, conhecido como Monstro, foi sentenciado pelo Tribunal do Júri por homicídio duplamente qualificado, além de tentativas de homicídio de outros três agentes, tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa.
Além dele, foram condenadas por tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa outras quatro pessoas envolvidas na morte do policial durante a operação realizada no dia 23 de junho de 2017 em um apartamento no bairro Passo das Pedras, em Gravataí:
Cristiane da Silva Borges foi sentenciada a 21 anos e nove meses. Marcos Leandro Marques, a 19 anos e nove meses. Alecsandro da Silva Borges, a 19 anos e sete meses. E Guilherme Santos da Silva, a 19 anos e nove meses.
Conforme a denúncia realizada em 1° de agosto de 2017, na data do crime, as vítimas e outros policiais civis e agentes da guarda municipal cumpriam mandado de busca e apreensão em um condomínio em Gravataí. Ao ingressarem no apartamento em que se encontravam os réus, os policiais viram o denunciado Maicon com uma arma em punho entrando em um dos quartos. Em seguida, foram surpreendidos por diversos disparos de arma de fogo efetuados pelo réu de dentro do quarto, tendo um dos tiros atingido e matado o policial Rodrigo Wilsen da Silveira na frente da sua esposa, também policial civil. Ela não sabia que estava grávida e acabou perdendo o bebê semanas depois.
Na casa também estavam Cristiane, Alecsandro, Guilherme, Marcos e Dirce Terezinha da Silva Borges. Os seis foram presos em flagrante e cinco deles seguem recolhidos. Dirce faleceu em 2019. Os policiais apreenderam no condomínio armas, drogas e veículos, entre eles um roubado. A operação tinha objetivo de desarticular a organização criminosa que atuava em Gravataí.
Maicon de Mello Rosa, conhecido como Monstro, era quem fazia a segurança armada do grupo. Tem antecedentes criminais por homicídio e estava em liberdade condicional no dia da operação.