O Instituto Nacional de Meteorologia e a Marinha confirmaram o “alerta laranja” para a tempestade subtropical batizada de Yakecan, que deve atingir o Rio Grande do Sul com mais intensidade a partir da tarde desta terça-feira. Conforme os especialistas anunciaram em entrevista coletiva, realizada em Brasília na noite desta segunda-feira, os ventos devem superar os 100 km/h no trajeto da tempestade.
Atualmente, a tempestade se mantém em “nível laranja” de alerta, podendo passar para o “vermelho”, nível máximo, conforme a evolução. Os ventos devem ser mais fortes no Rio Grande do Sul a partir da tarde desta terça-feira e ao longo da noite, entrando na madrugada de quarta-feira.
A Defesa Civil Nacional alertou a população sobre os riscos de destelhamento em estruturas precárias, quedas de árvores de pequeno porte e de postes. “É importante que as pessoas evitem sair de casa e busquem locais protegidos na horas dos ventos mais fortes. É importante também desligar equipamentos da tomada e fechar saídas de gás do botijão. Pequenas ações são importantes na busca pela autoproteção”, disse o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério do Desenvolvimento Regional, Armin Braun. Em caso de emergência, a Defesa Civil atende do 199 e o Corpo de Bombeiros, no 193.
Braun explicou que, com base nas informações do sistema brasileiro, é possível manter a população informada sobre o andamento do ciclone. Para isso, é fundamental que as pessoas que vivem em áreas de risco – como as banhadas por rios e mares – busquem informações no Sistema de Defesa Civil estadual ou municipal. “É muito importante que as populações em áreas de risco, cadastrem os seus telefones celulares, mandando uma mensagem de SMS para o número 40199, com o CEP da região onde mora. A partir daí, a pessoa passa a receber informações de alerta”, orientou Braun.
Municípios, Estados e o órgão federal vão atuar de forma coordenada a fim de garantir a tomada de medidas em caso de necessidade. Participou da coletiva o coordenador da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O coronel Júlio César Rocha Lopes confirmou que o órgão trabalha em alerta máximo. “As coordenadorias regionais estão informando as prefeituras, principalmente municípios que têm por lindeiro o mar, para que adotem medidas preventivas”, salientou Rocha.
Conforme a configuração, além das dezenas de cidades do Rio Grande do Sul que podem ser atingidas, o Yakecan pode avançar para os territórios de Santa Catarina, Paraná, e chegar até a região sul de São Paulo. O Inmet também alertou para as baixas temperaturas em decorrência da frente fria. Em Brasília, por exemplo, as mínimas podem chegar a 6°C. Há possibilidade de neve nas serras gaúcha e catarinense, com forte incidência de geada em diversos pontos do país.