O Ministério da Saúde confirmou, no final de semana, que monitora três casos suspeitos de hepatite aguda de causa desconhecida no Rio Grande do Sul. A pasta instalou uma Sala de Situação para acompanhar as ocorrências reportadas pelas autoridades estaduais de todo o país – que tem, ao todo, 44 pacientes em avaliação.
O maior número de casos suspeitos é o de São Paulo (14), seguido por Minas Gerais (7), Rio de Janeiro (6), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (3), Mato Grosso do Sul (3) e Pernambuco (3), Paraná (2), Goiás (1), Espírito Santo (1) e Maranhão (1). Três ocorrências já foram descartadas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A Sala de Situação do Ministério da Saúde conta com a participação de técnicos da pasta, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e especialistas convidados. Além de monitoramento, o grupo vai padronizar as informações e orientar os fluxos de notificação e investigação dos casos para todos as secretarias estaduais e municipais de saúde.
Origem
Os casos de hepatite de causa desconhecida foram relatados pela primeira vez no Reino Unido, que apresentou taxas mais altas da doença do que o habitual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem monitorado o aumento repentino de casos entre crianças e adolescentes. A prioridade é determinar a etiologia desses casos.
No último dia 10 de maio, o Ministério da Saúde participou de reunião com representantes de oito países (Reino Unido, Espanha, EUA, Canadá, França, Portugal, Colômbia e Argentina) para discutir as evidências disponíveis. Como as evidências sobre essa doença ainda são muito dinâmicas, as orientações devem ser constantemente atualizadas.