A proposta de medida provisória (MP) encaminhada pelo Banco Central, e que previa reajuste de 78,5% na remuneração do presidente do Banco Central (BC), que passaria de R$ 17,32 mil para R$ 30,93 mil a partir de junho, foi recolhida. A mudança equipararia o salário do executivo ao de um ministro de Estado, mas foi retirada por “inconsistências” no texto.
Depois da aprovação da autonomia do BC, sancionada em fevereiro do ano passado, o presidente da autarquia perdeu o status de ministro e, por isso, teve o salário reduzido. De acordo com o conteúdo da proposta a que o jornal Valor teve acesso, os diretores, que atualmente recebem o mesmo salário do titular, passariam a ganhar R$ 29,38 mil, reajuste de 69,6%.
Como são cargos comissionados, os membros de carreira da diretoria recebem também o salário-base. Já o salário do novo cargo de auditor da autarquia vai de R$ 23,4 mil iniciais a R$ 33,39 mil no último nível da carreira, sem comissão.
Enquanto isso, o documento prevê reajuste de 22% para os servidores a partir de junho de 2022. A remuneração de técnicos iria de R$ 8,88 mil a R$ 15,26 mil. A proposta de MP foi enviada em meio à greve dos servidores do BC.