Guedes: perda do salário mínimo ocorre por guerra e pandemia

Ministro disse ser "desonestidade intelectual culpar o governo"

Foto: Washington Costa / Ascom / ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a perda de salário mínimo à pandemia da Covid-19 e à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, iniciada no fim de fevereiro com a invasão russa. Cálculos da corretora Tullett Prebon Brasil divulgados nesta segunda-feira apontaram que a desvalorização do salário mínimo durante o atual governo vai ser de 1,7%.

“Fomos atingidos por essas duas guerras, uma da comida e energia [devido à guerra na Ucrânia] e outra da crise sanitária. A verdade é que essa geração pagou pela guerra. Nós pagamos pela guerra. Nós fizemos sacrifício, ficamos sem aumento de salário, tivemos uma recuperação econômica forte. Não houve aumento de salário real porque durante uma guerra o normal é até perdas importantes, e nós estamos lutando para preservar pelo menos o salário mínimo, para preservar os empregos, para preservar a capacidade de investimento do país”, disse Guedes durante lançamento da plataforma Monitor de Investimentos.

Os cálculos da corretora foram divulgadas pelo jornal O Globo. Na fala, Guedes destacou que o Brasil conseguiu fazer as reformas e está lentamente recuperando a capacidade de investimento.

Segundo ele, houve uma “sensação de perda de poder de compra, de empobrecimento, que está acontecendo no mundo inteiro”. “E por desonestidade intelectual está sendo atribuído ao governo. Quer dizer, o governo pega um país quebrado, uma pandemia, uma guerra que encarece comida e energia e ainda assim cresce”, disse.