O crédito vai ficar mais caro para consumidores, famílias e empresas. Esse é o resultado, estimado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com a decisão do governo Federal publicada no Diário Oficial da União de elevar a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para os bancos. Em nota, o presidente da entidade, Isaac Sidney, disse que a incidência de mais impostos pressiona o custo do dinheiro no país, “em um momento em que a sociedade está suportando a subida da taxa básica de juros para conter a escalada da inflação”.
Conforme o dirigente, a medida mostra insensibilidade com as pessoas e empresas, particularmente as micro e pequenas, que mais precisam de crédito. A taxa de juros mencionada pelo presidente da Febraban saiu de 2% em março de 2021 para chegar a 11,75% e uma expectativa de elevação de mais um ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no começo de maio.
Em 2021, conforme o presidente da Febraban, o setor bancário brasileiro contribuiu com o governo e o país quando foi feito aumento de 5 pontos percentuais na alíquota da CSLL. “A medida foi anunciada como temporária e restrita ao ano passado. Com surpresa e perplexidade, vemos o setor bancário, que já paga alíquota de 20% dessa contribuição contra os 9% pagos por todos os demais setores, mais uma vez ser penalizado, prejudicando o desenvolvimento de toda a economia.”
A estimativa é que a nova CSLL dos bancos subirá de 20% para 21% até o fim deste ano, contra uma alta de 15% para 16% das demais instituições financeiras.