Um dia após Jair Bolsonaro voltar a criticar o processo eleitoral brasileiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu, nesta quinta-feira, o sistema usado no país e pediu que não haja tensionamentos nas eleições deste ano.
“O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir — sem tensionamentos — para as eleições livres e transparentes”, escreveu Lira.
Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), usou a conta que mantém no Twitter para afirmar que não vê “cabimento” em “levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”. “O Congresso Nacional é o guardião da democracia”, afirmou o senador.
Pacheco ressaltou ainda que “as instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral”. “A Justiça Eleitoral é eficiente, e as urnas eletrônicas, confiáveis. Ainda assim, o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu.
As declarações foram feitas um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que as Forças Armadas sugeriram uma contagem de votos paralela, feita pelas Forças Armadas. Os militares fazem parte do Comitê de Transparência Eleitoral, por meio do qual podem acompanhar o processo eleitoral.