A construtora Melnick Even arrematou, nesta quarta-feira, prédio que pertencia ao Hospital Álvaro Alvim, localizado no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, por um valor de R$ 17,511 milhões. O espaço, que era propriedade da União, tinha lance mínimo fixado em R$ 17,25 milhões. Em março, uma primeira tentativa de negociação, pelo valor de R$ 23 milhões, fracassou por não atrair nenhum interessado.
Desde então, a redução do lance vinha gerando polêmica. Opositores do governo federal chegaram a levar o assunto ao Ministério Público Federal (MPF) argumentando que o m² na região custa aproximadamente R$ 6 mil. Com isso estimaram em R$ 50 milhões o valor de venda o prédio.
Em 2021, o Ministério da Economia havia avaliado o patrimônio em R$ 31 milhões. O leilão era condicionado à realização de obras de estabilização, uma vez que a estrutura era considera instável. O novo proprietário não vai ter restrições de uso, podendo reveitalizar ou demolir o prédio a fim de dar lugar a novas construções.
Desativada meses antes do início da pandemia de Covid-19, a casa de saúde tinha 10,4 mil m² de área construída e um terreno de 9,6 mil m². Desde então, o prédio se tornou alvo constante da ação de criminosos em busca de fios de cobre e outros itens recicláveis armazenados no local. A sensação de insegurança também tomou conta dos moradores, que recorreram ao Poder Público em busca de soluções.
Há uma semana, a prefeitura de Porto Alegre anunciou uma força-tarefa para conter os ataques. O patrulhamento do prédio, que conta com segurança privada, passou a ser reforçado pela Guarda Municipal. Já a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSURB) propôs uma ação de limpeza no entorno do complexo e a manutenção da rede de iluminação pública.