Ex-ministro Milton Ribeiro dispara arma de fogo em aeroporto

Tiro acidental aconteceu em guichê de atendimento no aeroporto de Brasília; ninguém ficou ferido

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disparou, acidentalmente, uma arma de fogo no aeroporto de Brasília nesta segunda-feira (25). Após o incidente — em que não houve vítimas —, Ribeiro foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

De acordo com o depoimento do ex-ministro, a arma disparou acidentalmente por volta das 17h, enquanto ele era atendido no balcão de uma companhia aérea para embarcar no voo das 19h50 para São Paulo.

Ribeiro já havia feito pela internet o procedimento burocrático para realizar o despacho de sua arma no aeroporto. O despacho de arma de fogo é a regra geral para todos os passageiros que desejam transportar suas armas em aeronaves civis. Após a validação da GDAF (Guia de Despacho de Arma de Fogo), o passageiro deverá apresentá-la ao funcionário da empresa aérea no balcão de check-in juntamente com seu armamento, devidamente acondicionado e lacrado, para ser despachado.

Veja abaixo trecho do depoimento de Milton Ribeiro à Polícia Federal

Reprodução depoimento PF

Segundo Ribeiro, o disparo aconteceu quando ele manuseou a arma para separá-la do carregador. Ele disse ainda que o disparo ocorreu no momento em que ele tentava tirar a munição de forma discreta sem retirá-la da pasta.

Milton Ribeiro foi exonerado do Ministério da Educação em 28 de março. No lugar de Ribeiro, assumiu o atual secretário-executivo do MEC, Victor Godoy Veiga.

Ribeiro deixou o MEC em meio às denúncias de um suposto esquema de tráfico de influência na pasta. Segundo acusações feitas por prefeitos, o agora ex-ministro teria permitido que dois pastores que não têm cargo público, Arilton Moura Correia e Gilmar Silva dos Santos, pedissem propina em troca da liberação de recursos do ministério aos municípios.

Por causa disso, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as denúncias. A corporação vai investigar se os religiosos influenciaram o envio de verba para municípios em troca de propina, se o ex-ministro da Educação sabia das irregularidades e se colaborou com elas.