A liberação do valor máximo de R$ 1.000 do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por parte dos trabalhadores, o que começou nesta quarta-feira, 20, junto com a antecipação do 13º salário de aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS em abril e maio, continua no horizonte das entidades ligadas ao comércio, que fazem projeções sobre a utilização desse dinheiro.
A assessoria econômica da CDL Porto Alegre prevê que devem circular R$ 6,864 bilhões na economia do Rio Grande do Sul com os dois aportes. A estimativa é que 9,5% deste montante, ou seja R$ 655,28 milhões, deverão ser direcionados para a quitação de obrigações financeiras contraídas no passado, no Rio Grande do Sul.
Para o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, a quitação das dívidas tem o objetivo de liberar espaço dentro do orçamento das famílias ao longo do tempo. Ou seja, na medida em que os desembolsos com o pagamento de juros são menores, surgem novas oportunidades para a aquisição de bens e serviços e/ou tomada de crédito.
“Embora muitos consumidores estejam passando por um cenário adverso e se sintam receosos sobre o que esperar para o futuro, entendo que os empresários precisam estar atentos a esse movimento”, recomenda o economista.