A produção industrial apresentou crescimento em março, passando de 47,9 pontos em fevereiro para 54,5 pontos em março. Os dados foram divulgados na Sondagem Industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), maior do que a média para o período (51 pontos).
Desde dezembro, o índice estava abaixo de 50 pontos, o que indica redução da atividade, comportamento revertido no mês passado. Também houve avanço de 4,0 pontos em relação a março de 2021 (50,5 pontos).
Houve crescimento de 1 ponto porcentual na Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no mês, que atingiu 69%. Já o emprego industrial registrou estabilidade no mês passado, ficando praticamente sobre a linha divisória, em 50,1 pontos, contra 49,2 pontos em fevereiro. Em março de 2021, o índice que mede a evolução do número de empregados também era de 50,1 pontos.
Falta ou alto custo de insumos
Segundo a sondagem, a falta ou o alto custo de matérias-primas continua como principal problema das empresas industriais brasileiras pelo sétimo trimestre consecutivo. Contudo, a CNI destaca que há redução de menções sobre a escassez ou encarecimento de insumos ao longo dos últimos trimestres.
Na comparação com o quarto trimestre de 2021, houve queda de menções de 1,8 ponto porcentual, com redução do porcentual de 60,6% para 58,8%. Já ante o primeiro trimestre do ano passado, o recuo é de 8,4 pontos porcentuais.
Em relação às expectativas, a CNI relatou crescimento entre os empresários industriais nos índices de demanda (1,5 ponto porcentual, para 58,2 pontos), quantidade exportada (0,2 ponto porcentual, para 54,3 pontos), compras de matéria-prima (1,4 ponto porcentual, para 55,7 pontos) e número de empregados (1,3 ponto porcentual, para 52,9 pontos) em abril.