Casos de feminicídio cresceram 35% no RS no primeiro trimestre

Total de homicídios em março também aumentou, impulsionado pela guerra entre facções criminosas em Porto Alegre

Foto: BM / CP Memória

O Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre de 2022 com um aumento de 35% nos casos de feminicídio. Conforme a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), foram confirmados 27 casos nos primeiro três meses de 2022 contra 20 no mesmo período do ano passado.

Já na comparação de março com o mesmo período do ano passado, o aumento registrado nos feminicídios chega a 166%. Em ambos os meses, foram confirmados 8 e 3 casos, respectivamente.

Outro indicador de criminalidade que registrou alta, segundo o balanço divulgado pela Pasta nesta quinta-feira, é o relacionado a homicídios, impulsionado pela guerra entre facções criminosas em Porto Alegre. No comparativo de março de 2021 com o mesmo mês neste ano, os assassinatos aumentaram de 138 para 144, um crescimento de 4,3%.

Os confrontos na capital, concentrados em bairros da zona Sul Porto Alegre e na segunda quinzena de março, fizeram subir de 21 para 35 (66,7%) o número de vítimas na cidade, na comparação do terceiro mês deste ano com o mesmo período do ano anterior. Por conta disso, as forças de segurança transferiram para Charqueadas presos que até então cumpriam pena na Cadeia Pública.

Contudo, comparando com a marca de 2018, antes da implantação do programa RS Seguro – que intensificou o combate à criminalidade em 23 municípios -, o número de homicídios caiu. Foram 250, quatro anos atrás, contra 144, em março deste ano, o que representa uma retração de 42,4%.

O mês passado fechou de maneira positiva para outros crimes, como latrocínios (roubo seguido de morte), que, com cinco ocorrências, teve o menor número de casos registrados para o mês desde desde 2011.

Em roubos a transporte coletivo, março teve queda de 39,2%; em ataques a banco, redução de 60%, e em roubo de veículos, retração de 7,8%. Esse tipo de crime teve também a maior queda trimestral entre aqueles com maior número de ocorrências: -20,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado.