Cerca de 20 pessoas protestaram no Centro de Eventos da PUC, na tarde desta terça-feira, à espera do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que participa do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Com gritos como “Contra o movimento conservador”, os manifestantes foram recebidos com vaias e gritos de ordem, e chegaram a ser cercados pelo público que assiste ao evento.
Em maioria e à espera do painel que reúne Moro, do União Brasil, e o presidenciável do Partido Novo, Luiz Felipe d’Avila, os participantes do Fórum, simpatizantes dos dois partidos, confrontaram os manifestantes, em maioria estudantes, com críticas e fazendo filmagens. Apesar do clima hostil, não houve registro de violência durante o embate, até o fim da tarde.
Durante entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta terça-feira, Moro defendeu o fim da reeleição para presidente no Brasil. Também avaliou que o país precisa de um governante de postura mais moderada, como opção aos “extremos” representados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Sou contra o semipresidencialismo. Igualmente contra a reeleição. Se eleito vou fazer uma proposta para acabar com a reeleição já em 2023. Entendo ser bom o voto distrital. Talvez com alguma questão de proporcionalidade para dar chance às minorias”, disse.
O ex-ministro também criticou o governo Bolsonaro, afirmando que é necessária uma gestão com melhores resultados econômicos, assim como uma relação mais apropriada com o Congresso. “Ou a gente muda a forma de fazer política e trabalha para ter um governo íntegro, e com uma relação saudável com o Congresso, ou a gente não vai adiante”, destacou.