Em meio às articulações de formação de chapa com vistas às eleições de outubro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (11), que há 90% de chance de o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, ocupar a cadeira de vice em sua chapa à reeleição.
“90% Braga Netto, pronto, fechou. 90% o Braga Netto, está fechado aí”, contou Bolsonaro em entrevista ao O Liberal, do Pará. “Tem tudo para dar certo. O trabalho do vice é realmente substituir o presidente nas horas de sua ausência e também para servir de conselheiro para ele”, completou.
Bolsonaro havia dito recentemente que seu vice seria um homem nascido em Belo Horizonte e que passou por colégio militar, características preenchidas por Braga Netto, nascido na capital de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, e general do Exército.
O presidente voltou a abordar as características na entrevista. “O meu vice atualmente é um general de Exército, então pode ser que eu continue como vice, pode ser, não estou batendo o martelo aqui, como também com outro general de Exército também. Isso pode acontecer. Isso dá credibilidade à nossa chapa, dá respeitabilidade à mesma”, destacou.
Braga Netto saiu do comando da Defesa em 1º de abril e passou a dar expediente no Palácio do Planalto, em Brasília, ao lado de Bolsonaro. O general assumiu o cargo de assessor especial do presidente. Pela lei eleitoral, o cotado pode ter cargo, fora de função de chefia, até julho – depois, precisa deixar o cargo para estar apto para o pleito de outubro deste ano.
Bolsonaro voltou a criticar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Na última sexta-feira (8), o PSB indicou oficialmente o nome do ex-governador paulista Geraldo Alckmin para formação de chapa com o petista.
“Eu acho que tudo demonstra que vai ser eu e Lula. O Lula já fechou o time e já escalou o vice, que é o Geraldo Alckmin. O Alckmin é um ferrenho opositor de Lula por décadas, que atacava o PT de tudo qualquer maneira, e ataques positivos. Agora mudou. Pelo poder se uniram. Ou seja, se eram inimigos lá atrás e hoje são amigos, ou mentiam lá atrás ou mentem atualmente”, disse Bolsonaro.