O preço da cesta básica aumentou em todas as capitais brasileiras em março. A informação é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em Porto Alegre, o aumento foi de 5,51%, com um acumulado de 7,52% de alta no ano e 17,79% em 12 meses. As maiores altas em março aconteceram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%) e em São Paulo (6,36%).
A capital gaúcha tem um custo de R$ 734,28 pela cesta básica, o que representa 65,50% do salário minimo. Entre as 17 capitais acompanhadas pelo Dieese, a cesta básica mais cara foi observada em São Paulo, custando R$ 761,19. Este valor representa 67,90% do salário mínimo atual, de R$ 1.212,0, sendo necessárias 138 horas e 10 minutos de trabalho para que um trabalhador possa comprar o conjunto de itens. Em Porto Alegre são necessárias 133 horas e 17 minutos.
Conforme o Dieese, e com base em dados verificados em São Paulo, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.394,76, valor 5,28 vezes superior ao mínimo corrente. Em março de 2021, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese era de 5.315,74, 4,83 vezes o mínimo vigente à época (R$ 1.100). A pesquisa do Dieese identificou um aumento em março do feijão, óleo de soja e do pão francês em todas as capitais pesquisadas.
Além de São Paulo, Rio e Curitiba, registram aumento nos preços da cesta básica em março as cidades de Florianópolis (5,36%), Campo Grande (ambos em 5,51%), Brasília (5,02%), Belo Horizonte (4,28%), Fortaleza (4,17%), Goiânia (3,49%), João Pessoa (3,37%), Vitória (3,28%), Natal (3,25%), Recife (2,25%), Belém (1,29%), Aracaju (1,58%) e Salvador (1,46%).