Reforma da Cadeia Pública de Porto Alegre deve ser concluída até o fim de 2023, garante Ranolfo

Presos devem começar a ser removidos das galerias entre abril e maio

Foto: Rodrigo Ziebell / Ascom

A Cadeia Pública de Porto Alegre, mais conhecida como Presídio Central, deve passar por reformas em breve. Foi o que garantiu o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior (PSDB), nesta terça-feira, em entrevista exclusiva à Record TV-RS.

Com quase meio bilhão de reais investidos no Avançar no Sistema Penitenciário – programa do governo estadual que prevê investimentos em diversos segmentos -, a reforma total da edificação pode começar ainda no primeiro semestre de 2022, conforme o chefe do Executivo gaúcho.

“Entre os meses de abril e maio nós deveremos começar com a remoção de presos de algumas galerias. A partir disso, começaremos essa reforma, galeria por galeria, nós temos uma previsão e um planejamento de, até o final do ano que vem, completarmos essas reformas”, explicou Ranolfo. Ele também afirmou que, após a conclusão dos trabalhos, o local, que já recebeu mais de 5 mil apenados simultaneamente, deve abrigar em torno de 1,8 mil.

Ainda conforme o governador, um outro projeto para a área da Segurança Pública está em vias de ser entregue. Trata-se do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), considerado importante para resolver um impasse que se arrasta há anos sem solução: a espera de presos por vagas em delegacias de polícia e viaturas da Brigada Militar.

“Vai ser uma quebra de chave. O preso autuado em flagrante é entregue neste local, que terá um juiz e um promotor de plantão 24 horas, um posto médico legal para os exames (…) Enfim, a necessidade de prisão preventiva poderá ser imediatamente avaliada. Se for o caso de colocar uma tornozeleira eletrônica, terá outro acesso no local para colocar o equipamento. Vai ser quase uma linha de produção”, definiu o governador.

A previsão é que o Nugesp esteja pronto ainda no primeiro semestre. O espaço fica em um terreno anexo ao do Instituto Psiquiátrico Forense (IGP), no bairro Jardim Botânico, na zona Leste da Capital. A edificação deve comportar até 708 pessoas detidas na região Metropolitana.