Uma estimativa do Tesouro Nacional traz uma preocupante informação. Conforme o manual de estatísticas do FMI (Fundo Monetário Internacional). A carga tributária brasileira cresceu para o equivalente a 33,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021, o maior patamar em pelo menos 12 anos.
O percentual registrado é resultado de um crescimento superior a dois pontos percentuais em relação ao ano de 2020 (31,7%), muito fruto do fim dos incentivos fiscais durante a crise da Covid-19. O maior crescimento foi registrado na cobrança de impostos do governo federal, com alta de 1,53 ponto percentual (para 22,48% do PIB).
O desempenho da arrecadação federal acontece com o aumento da elevação de receitas com IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). Ambos retratam um melhor resultado das empresas na retomada econômica.
Já quanto aos governos estaduais, a estimativa revela que aumentou 0,55 ponto percentual (para 9,09% do PIB). Já a dos governos municipais cresceu 0,06 (para 2,33% do PIB). Os dados mostram ainda que a maior carga tributária é feita sobre bens e serviços (14,76% do PIB). Em seguida, ficam contribuições sociais (8,19%), impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital (8,02%), tributos sobre a propriedade (1,65%) e outros (1,28%).
Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro (PL) prometia uma redução gradativa de impostos.