O consumo nacional de energia elétrica em fevereiro foi o maior da série histórica para o mês desde 2004, atingindo 41.794 gigawatts-hora (GWh), avanço de 1,3% em relação ao mesmo mês de 2021. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 01, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e se justifica pela continuidade do crescimento de consumo da classe comercial.
O levantamento indica que todas as regiões do País tiveram aumento no consumo da classe comercial no mês de fevereiro. Assim como no mês anterior, a Região Sul (+11,3%) continua liderando a expansão. Já o consumo de eletricidade na indústria teve leve alta, de 0,1%, indicando estabilidade em relação a fevereiro de 2020. A Região Sul (+4,3%) foi quem mais elevou seu consumo no período.
CLASSE COMERCIAL
Em fevereiro, o consumo de energia elétrica da classe comercial cresceu 7,4% comparado ao mesmo mês do ano passado, atingindo 7.985 GWh. O resultado tem como base o bom desempenho do setor de serviços, que subiu 9,5% em janeiro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do aumento do consumo, o valor é menor do que o que foi registrado antes da pandemia de covid-19 no Brasil, em fevereiro de 2019 (8.039 GWh).
Todas as regiões do País tiveram aumento no consumo da classe comercial no mês de fevereiro: Sul (+11,3%), Norte (+11,9%), Sudeste (+6,5%), Centro-Oeste (+4,7%) e Nordeste (+3,3%). Entre os Estados da Federação, as maiores taxas de consumo da classe no País, ocorreram no Amazonas (+34,2%) e em Minas Gerais (+29,4%). Contudo, a maior retração foi registrada no Amapá (-15,8%).
CLASSE INDUSTRIAL
Já o consumo de eletricidade na indústria teve leve alta, de 0,1%, indicando estabilidade em relação a fevereiro de 2020. Ainda assim, registra o maior consumo para o mês dos últimos seis anos, com 14.354 GWh. A Região Sul (+4,3%) foi quem mais elevou seu consumo no período, ao passo que Nordeste (+0,4%) e Centro-Oeste (+0,3%) cresceram apenas marginalmente.
Já o Norte (-4,6%) e o Sudeste (-0,9%) apresentaram retração. Alagoas (+58,2%) tem novamente a maior taxa de expansão, ainda efeito da gradativa retomada em 2021 da produção de cloro-soda no Estado.
CLASSE RESIDENCIAL
Nas residências, o consumo de energia elétrica subiu 1,6% em fevereiro, após quatro quedas consecutivas, chegando a 13.022 GWh. O clima mais quente e seco na região Sul (+11,3%), resultado do fenômeno La Niña, contribuiu para o aumento do consumo da classe.
As regiões Norte (+3,4%) e Centro-Oeste (+3,3%) também apresentaram crescimento do consumo, porém em menor grau do que no Sul. Temperaturas mais elevadas e menor volume de chuvas em alguns Estados dessas regiões contribuíram para o comportamento do consumo.
Entretanto, as regiões Nordeste (-1,7%) e Sudeste (-0,8%) registraram queda. Amazonas (+21,1%), Roraima (+16,9%), Santa Catarina (+14,7%), Mato Grosso do Sul (+10,7%), Paraná (+10,0%) e Rio Grande do Sul (+9,8%) foram os Estados que mais se destacaram no crescimento do consumo. Por outro lado, Amapá (-35,8%), Ceará (-6,4%), Rio Grande do Norte (-5,7%) e Acre (-4,9%) registraram as maiores quedas no consumo.