Chega a 516 o número de casos confirmados de dengue, em Porto Alegre, desde o início do ano. É o que mostra o boletim epidemiológico semanal mais recente, divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O volume de casos bateu recorde absoluto, em menos de três meses. Até então, a doença, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, havia feito, em 2019, o maior número de vítimas: 462 infectados, em 12 meses.
Só no período de 2 de janeiro a 26 de março, foram notificados, em 2022, 805 casos suspeitos entre moradores da capital. Dos 516 confirmados, 502 foram contraídos na cidade, sem que o paciente tenha viajado.
Casos positivos foram registrados em todas as regiões de Porto Alegre, mas a dengue assusta mais nos distritos sanitários Leste, Centro Sul e Partenon, com 307, 66 e 45 confirmações, respectivamente.
O boletim semanal mostra, ainda, que o pico de casos contraídos na cidade, até o momento, ocorreu na semana de 13 a 19 de março. Eram 95 na semana do dia 12, passando para 296 e 502 nas duas semanas seguintes.
Para enfrentar o problema, a prefeitura criou uma força-tarefa, mas depende da ajuda da população. Pequenos recipientes, como latas, garrafas, baldes e pratos de planta podem rapidamente se transformar em criadouros do vetor, sem que os moradores percebam.
Ações de controle ambiental vêm sendo realizadas pela prefeitura para diminuir o risco de transmissão. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) também auxilia no recolhimento de lixo e entulhos em terrenos baldios com foco nas áreas de maior infestação.
Onde o mosquito mais circula
Entre os bairros de Porto Alegre com mais casos de dengue, destaque para o Jardim Carvalho, Vila Nova, Bom Jesus, Partenon, Ipanema, Cavalhada, Vila São José e Vila Jardim.
A detecção de mosquitos em armadilhas espalhadas na cidade mostra que, em 27 bairros, a infestação é alta. Em 11, a situação é de alerta. Em cinco, a infestação é moderada e, em dois, baixa.