Você acha possível encontrar R$ 1,65 milhão esquecido em cotas de consórcio? Pois um brasileiro achou. Conforme revelou o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura, durante um evento em Curitiba, esse foi o maior valor sacado desde que o sistema Valores a Receber começou a funcionar.
Mas o valor está longe de ser um padrão, pois 40% dos brasileiros encontrarem valores inferiores a R$ 1 no site Valores a Receber. Segundo dados do Banco Central, cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas acessaram até agora o sistema de consultas criado para o resgate do dinheiro.
Desse total, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que têm recursos a receber. A maior parte do dinheiro esquecido, no entanto, é de pequeno valor pois saldos de até R$ 1 correspondem a 42,8% dos casos e montantes de até R$ 10 concentram 69,7% do total.
NOVA RODADA
Desde segunda-feira, 28, do Banco Central deu início a uma nova rodada de agendamento de saques de saldos residuais. Mesmo quem participou das consultas anteriores terá de repetir o procedimento porque as instituições financeiras incluíram novas informações no sistema.
Nesta etapa da consulta, o dinheiro vem das seguintes fontes: contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas; cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito; grupos de consórcio extintos.
Pelo novo cronograma, o correntista poderá agendar o saque a qualquer hora da data informada, em vez de entrar em horários determinados pelo sistema. De 17 de abril a 1º de maio, haverá uma reformulação do sistema. As consultas serão retomadas em 2 de maio, na abertura da segunda fase do programa, que incluirá mais fontes de recursos esquecidos no sistema financeiro.