Em protesto em frente ao Piratini, servidores do Executivo pedem reposição de 55%

Durante o ato, os manifestantes exibiram cartazes de ordem e exigiram uma posição do governo do RS

Foto: Matheus Piccini

Cerca de 120 servidores vinculados ao Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs) realizaram, nesta segunda-feira, uma manifestação em frente ao Palácio Piratini. Na pauta, a reestruturação do plano de carreira das diversas categorias e uma reposição de 55,07%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado desde novembro de 2014.

Decidido de última hora, o protesto resultou da assembleia geral de prestação de contas do Sintergs, que ocorreu no Hotel Embaixador, também no Centro Histórico. Na saída do evento, os manifestantes caminharam a partir do hotel até o Piratini. Durante o ato, exibiram cartazes de ordem e exigiram uma posição do governo do Estado.

“Estamos reivindicando nossos direitos básicos. Perdemos muito do nosso poder de compra, e estamos mandando um recado para o governo Eduardo Leite. Queremos a reestruturação das carreiras e tudo o que já perdemos”, salientou o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Rosa Medeiros.

O veterinário Danilo Gomes trabalha na Inspetoria de Defesa Agropecuária em Nova Petrópolis, na Serra, e veio à capital somente para integrar a manifestação. “Não estamos tendo motivação para trabalhar. A qualidade do serviço público está caindo, e o governo do Estado não valoriza o servidor. Podemos dizer que não temos mais orgulho de sermos servidores públicos”, desabafou ele.

A diretora-executiva do Sintergs, Raquel Fiori, afirmou que o funcionalismo “trabalhou arduamente durante a pandemia”. “Queremos conversar com o governador e mostrar para ele nossas dificuldades”, disse ela.

O Sintergs elaborou um documento com as demandas, destinado ao secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e durante o ato o entregou ao assessor da pasta, Niltinho Palagi. Mesmo assim, classificou a entrega como “frustrante”, já que “a comitiva não ultrapassou a recepção do Palácio Piratini”. No mesmo momento, acontecia a entrevista coletiva de Eduardo Leite.

A reportagem pediu um posicionamento ao governo sobre o protesto e as pautas exigidas pelo sindicato, mas não obteve retorno.