O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) chegou a 1,18% em março, depois de avançar 1,98% no mês anterior, sob influência da redução da inflação ao produtor, que ainda não sentiu o recente ajuste para cima nos preços dos combustíveis. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e elevou o acumulado em 12 meses para uma alta de 14,63%.
Conforme o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, o reajuste dos combustíveis, sub item com peso destacado nos índices da família IGP, não influenciou o comportamento do IGP-10, cujo período de coleta foi encerrado no dia 10 de março. Na quinta-feira passada, dia 10, a Petrobras anunciou elevação dos preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, além de alta de quase 19% da gasolina.
Sem contemplar ainda a alta dos preços domésticos desses produtos, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 1,44% em março depois de salto de 2,51% em fevereiro. “As principais fontes de pressão no IPA foram soja (7,32% para 8,75%), cuja cotação segue em elevação e, ovos (-0,12% para 20,62%), refletindo os efeitos sazonais próprios dessa época do ano”, disse Braz.