Em mais uma rodada de negociações para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, representantes dos dois países se encontram mais uma vez na região de Belarus. Os russos exigem que a Ucrânia altere a sua Constituição para consagrar a neutralidade, pare com as suas atividades militares, reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes – ambas aliadas aos russos – e reconheça a Crimeia como território russo. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que se o país aceitar as condições impostas interromperá sua ofensiva militar “no mesmo instante”.
Sobre a questão da neutralidade, Peskov disse que a Ucrânia “deveria fazer emendas à Constituição, segundo as quais rejeitaria qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco”. “Estamos realmente terminando a desmilitarização da Ucrânia. Vamos concluí-la. Mas o principal é que a Ucrânia cesse sua ação militar. Eles devem parar a ação militar e então ninguém vai atirar”, acrescentou.
Em resposta, os representantes de Volodymyr Zelensky, que novas sanções, desta vez mais rígidas, sejam impostas contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. Ele propôs um boicote às exportações russas de petróleo e de outros produtos e uma paralisação total das exportações do país “inimigo”.
A Rússia já sofre com embargos econômicos significativos de toda a comunidade internacional que isolaram o país de uma forma nunca antes experimentado por uma grande economia mundial. Nesta segunda-feira(07), as principais marcas do mercado de alto luxo do mundo decidiram encerrar atividades no país em protesto. Elas se juntam as empresas dos mais diversos setores que também deixaram de comercializar seus produtos no país, tais como a Apple, Volvo, a Shell e a Uefa.
Zelensky reforçou que a pressão econômica precisa ser redobrada. “Se a invasão continuar e a Rússia não abandonar seus planos contra a Ucrânia, então um novo pacote de sanções é necessário em nome da paz”, disse ele em vídeo, sugerindo o boicote ao petróleo e outros produtos russos. O mercado internacional já reagiu à essas declarações com a subida dos preços do barril de petróleo tipo Brent, padrão negociado na Europa, que atingiu uma alta de US$ 139,13. Inclusive a comunidade internacional se preocupa com o fato da Rússia ser o principal fornecedor de gás natural e petróleo dos países europeus.